Por Thiago Nasser

Fechamos o ano da Junta Solidária, nossa ação para, com apoio da comunidade e da Gastromotiva, mitigar a insegurança alimentar, especialmente na Gamboa, onde estamos instalados. O balanço tem um lado positivo. De forma consistente entregamos mensalmente em média 1500 quentinhas para moradores da região. Para cada relato triste sobre as dificuldades que algumas famílias enfrentam, recebemos também mensagens de agradecimento e apoio de pessoas que, pelo menos uma vez por semana, recebem uma quentinha com comida fresca feita com muito carinho por membros do Chega Junto e da nossa comunidade. Aliás, este foi mais um ponto positivo na nossa retrospectiva. Um grupo de produtores da Junta Local chegou com tudo para ajudar nos dias de cozinha na famosa Casa da Frente. Natalia (Dariquim), Ana Carolina (Tipi’oka), Maysa (Tortue d’Affaires), Eduardo (Cardamomo), Mônica (Biorigen) e outros se somaram ao time composto por Carlos, Ossama, Alejandro, Maria e José. O time está cada vez mais afinado e as refeições só ficam mais deliciosas.

Outro ponto alto foi o nosso já tradicional Cosme e Damião. A quentinha que saiu foi de caruru e esse ano um grupo de estudantes de Gastronomia da UFRJ viu a The Slow Bakery se juntar à iniciativa para distribuir doces tradicionais para os erês do bairro.

Por outro lado, precisamos fazer ressoar uma nota negativa. Ao longo do ano, as doações recebidas pela Sacola da Junta caíram drasticamente. Esta queda está colocando em xeque a continuidade do projeto em 2023 e por isso fazemos um apelo aqui para que doações sejam feitas. Este apoio é essencial para cobrir custos de frete, manutenção da cozinha e apoio financeiro aos refugiados que fazem parte do Chega Junto e que lideram as cozinhas. São duas opções para quem quiser doar: fazer a compra de quentinhas simbólicas na Sacola da Junta ou então entrar em contato diretamente por email em comunidade@juntalocal.com para que possamos informar as coordenadas bancárias.